Gostei muito

Publié le par Ich Bin Eine Terroristin

Gostei muito do filme Sou terrorista. Para mim ele é todo poesia: as letras das músicas, a personagem da menina, as cartas de Rosa Luxemburgo,  o coral dos mineiros. Sou crítico de cinema, mas para expressar o que senti vendo o filme valho-me de um poeta brasileiro: Belchior. A letra da música de muito sucesso na década de 1970 dizia o seguinte:
Não cante vitória antes do tempo, não
Nem mande flores pra cova do inimigo
As lágrimas dos jovens são fortes como um segredo
E podem fazer renascer o mal antigo
Mas quero ressaltar também a ótima interpretação de Mathilde Besse. Impressionou-me sobretudo a cena em que ela vai dormir com a vovozinha e faz perguntas que são respondidas com absurdos. A expressão de seu rosto ao dizer "Entendo" fala mais que as palavras.
Venho de uma família muito politizada. Minha mãe e os irmãos dela eram do Partido Comunista. A rebeldia da juventude me fez romper com as ideias do partido e a simpatizar com a luta armada na década de 1960. Na década de 1970 formei-me em Ciências Socias e foi quando se deu minha formação teórica lendo os clássicos do marxismo (Rosa, Lênin e Trotsky). Nessa época, ainda durante a ditadura militar, militei numa organização trotskista.
Hoje, dedico-me à crítica de cinema. Estou enviando para você duas críticas que falam do Brasil (mais  do que o país do futuro acho que aqui é o fim do mundo...). 
Abraços
F
J'ai aimé le film "je suis une terroriste". Pour moi, il s'agit de poésie: la chanson, le caractère de la jeune fille, les lettres de Rosa Luxemburg, les mineurs. Je suis un critique de cinéma, mais pour exprimer ce que j'ai ressenti en regardant le film, j'ai besoin des mots d'un poète brésilien: Belchior. Et ses paroles des années 1970: "Ne chantez pas victoire à l'avance, n'envoyer pas de fleurs sur la tombe, ni de larmes ennemies, des jeunes sont fort comme un secret et ils peuvent ressusciter l'ancien mal. Je tiens également à souligner une très belle interprétation de Mathilde Besse. Elle m'a impressionné, en particulier dans la scène où elle va dormir avec cette grand-mère et poser des questions qui sont traitées comme des non-sens. L'expression sur son visage quand elle dit "je comprends" parle plus fort que les mots.  
Je viens d'une famille très politisée. Ma mère et ses frères et soeurs ont fait parti du Parti communiste. La rébellion de la jeunesse m'a fait rompre avec les idées du parti et sympathiser avec la lutte armée dans les années 1960. Dans les années 1970, je me suis spécialisé en sciences sociales avec en arrière-plan théorique la lecture des classiques du marxisme (Rose, Lénine et Trotsky.)  
Et maintenant, je me consacre à la critique cinématographique. Je veux parler de ce film aux autres critiques du Brésil.  
F.
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